sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

um grau celsius

1 grau. vendo a temperatura reduzida a sua unidade fundamental, vejo que ela não é um inferno,´frio sim, mas aqui não se sai de casa sem calças e dois casacos. Um para fora e outro para. um quentinho e outro mais duro. é verdade que a sensação causada por estar na rua com um frio de 1 grau positivo não está tão longe dos quarenta graus que todos vivem no rio agora. É um atestado de que eu sou eu em qualquer lugar, sinto a temperatura, sinto o um grau, ainda não vi pela rua temperaturas negativas, tenho medo desse dia. Sinto falta do calor de por bermudas mas também vejo graça no momento de sair de algum procurar meus casacos (as vezes luvas também), E pensar que é incrível seja seco ou seja úmido o frio não congela as pessoas, nem o calor derrete elas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

pode

posso limpar os dente
posso poner as lente

posso sair da frente
pode esconder o que sente


pode expandir a mente
pode contar pra gente

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Monumento Vivo (Pedro Thomé)

Paula es española, artista y trabaja en las calles. En el medio de muchas estatuas de piedra ella es una estatua viva. Mientras vemos algunos monumentos de la ciudad, Paula nos dice cual es su nombre y dice quien es. Observamos el comienzo del proceso de maquillaje y dice acerca de quien es y el proceso de creación del personaje. Ahora con voz en off, Paula habla sobre su performance y vemos Paula trabajando como estatua inmersa en el paisaje de la calle. Vemos su punto de vista. Ahora observamos el final del proceso de maquillaje y concluye sus pensamientos sobre las dos personas (su personaje y tu). Vemos el momento en que ocurre su transformación de mujer hasta estatua. Al final vemos un retrato suyo con la cara limpia como se fuera sacada para un documento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

euia

ia
ali
pra
ver
se
você
queria
vir
aqui
mas
não
sei
quem
vive
aí!

aos homens comuns / a los hombres comunes

yo hablo
eu falo
hablo rapido
falo rápido
um homem comum
un hombre comun

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

dois

branco


preta



branco


preta


branco

preta

branco
preta
branco
preta
branco
preta

cinza?

não, nós dois.

barba

tenho cara
tenho rosto
sou gente
sou humano
sou quente
por isso
tenho a barba mal feita
e tampouco trago pente

sábado, 17 de julho de 2010

Ping Pong

Eram duas horas quando João percebeu que sua mãe estava vindo. Naquele momento, quis pular da janela. Mas Maia entrou salão adentro gritando, pois gostava de João. Jamais quis acordar sem tê-lo. Garoa, era mais velha do que uma bruxa. Bigorna. Era tudo menos linda. As curvas de sua filha, feia, piranha, cuja malícia não contribuía em nada. Católica, Maia não pode permitir que fosse concebível traição. Era mãe demais.
Assim foi impedir a morte daquele jovem. Eu gritei. Mas ouvi outro grito além das paredes e pude determinar a merda que fizera. Acordei puto. Onde estão os ladrões? Bastardos. Malditos, poderiam matar três bodes ao acordar. Aqueles cruzeiros me fariam muito bem. Um belo dia, chutei a cara de um torto. Bêbado, quis cuspir. Maia! Que entrou pela janela separando os brigões. Num átimo de reflexo, driblei Maia e derrubei João. Falei: venham! Roubei três bodes. Acordei. Rico.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CURIOSIDADE SOCIOLÓGICA

Eu entro. Eu só entro quando a porta está aberta. Escolho e entro. A porta não estava assim tããão aberta, mas quando um clip de papel consegue abrir, é porque já estava aberta. Acho também que entrar de fininho numa casa que tem, 5 DVDs, 5 TVs de plasma, alguns tapetes de preço exorbitante e um sem número de relíquias de guerra, é pura curiosidade sociológica. O que me fode é (depois da quinta vez que meu queixo caiu) o que fazer depois que eu entrei. Sozinho numa casa incrível eu posso: dar uma festa, quebrar tudo, roubar (mas dá cadeia), mudar tudo de lugar, preparar um drink. São tantas coisas que segundo a história dos 3 ursos eu ajo que nem gato escaldado, relaxo e curto alguns momentos comigo mesmo. Aperto um baseado e me preparo um drink. White Russian: leite, licor de café, vodka e gelo. Huum, que cinzeirinho lindo! Tiro os sapatos e fico andando pela casa com a bebida numa mão e o beck na outra. Alternando entre pisar no chão frio e nos tapetes quentinhos chego a uma grande sala que me parece um escritório. A porta é grande de carvalho maciço, assim como a grande mesa que fica no fundo da sala. Pego um cinzeiro e repouso o meu cigarro nele. Nossa quanta placa, plaquinha, troféu, porra! O cara é só tenis. E o diploma? Nessa moldura ai, não sei não ein? Tilééc, Tiléc, Blaaaaam! Fudeu a porta! AAAAAAH, corre, vira um abajur de lantejoulas, não um javali empalhado, sei lá qualquer objeto de decoração, tarde demais.

Dona da casa: Quem é você?

Eu: Eu sou seu anjo da guarda. Gabriel Nataniel, as ordens. Me desculpe pelo susto, mas desci atrasado do céu e me esqueci de ver na listagem dos meus protegidos o seu nome. Pode por gentileza me dizer a sua graça?

Dona da Casa: Marita, mu mu muito prazer.

Eu: Então Marita, é marita né? Deus, nosso Deus, Dede, pros mais intimos, me disse: vai lá Gabi, dá um help pra Marita! Ela ta precisando de uma ajuda um auxílio celestial. Olha que eu sou uma raridade, sou um anjo macho!

Dona da Casa: Anjo e alcoólatra! (tira com violência o copo da minha mão). Olha eu sou atéia! Saia já da minha casa senão eu chamo a polícia! Mas que cheiro de maconha!

Eu: Bom então tá né? Já vi que você tá bem, não precisa de mim… Faz só um favor pra mim? Dá pra você pressionar o seu dedão da mão direita aqui bem no meio da minha língua? É só pra Deus (pela sua impressão digital) saber que eu realmente estive aqui (coloco meio palmo de língua pra fora, ela com cara de nojo pressiona o dedão na minha língua). Tá tudo certo agora, não se preocupe já fui descrente também.
Pego meus tenis o baseado e saio porta a fora

Valha-me Deus e nossa senhora de Nazaré, anjo ou não escapei por pouco dessa enrascada. Meu anjo da guarda por favor me proteja das portas abertas e dos clipes de papel.

terça-feira, 13 de abril de 2010

o tempo e o trem

o tempo e o trem
passando, ventando.
o tempo no trem
correndo, andando

o tempo que passa
que não é de graça
o tempo que é tempo
e que não se mata,
que não faz fumaça

o tempo e o trem
rodando, entrando
o tempo e o trem
que come tutano

o tempo no trem
é o tempo que todo
o tempo tem.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

vaca - ou ruminando

paralelepípedo
palavrório
pantomima
putaria
pixação
pictogramas
pistolão

pasto.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

sufixo

á cidental mente,
pá ralela mente,
lê gal mente,
ín diferente mente,
ví o lenta mente,
ín constitucionalissima mente,
íli bada mente,
áb surda mente,
cons tante mente.
todas maneiras de se viver a vida

pela porta da fechadura

Monica e Carolina eram vizinhas desde os 6 anos. Passaram para faculdades difentes, mas na mesma cidade o Rio de Janeiro. Suas famílias eram amigas e seus pais eram executivos na fábrica da Cidade. Suas mães davam juntas 3 voltas na pista de cooper do clube e pintavam o cabelo da mesma cor.

Monica era novinha, tinha recém-completos 20 aninhos. Era uma menina precoce intelectualmente. Começou a falar antes de todos da creche. Surpreendentemente também era um avião. Com pouca estatura mas muito charme, era uma delícia indecifrável.
Carol tinha a mesma idade. Era bonita de rosto e de corpo, mas nem de longe esbanjava o charme da amiga. Carol era pragmática e isso facilitava muito sua vida. Era a amiga completa. Tinham praticamente os mesmos gostos, tirando os sexuais.

Enquanto Carol era completamente aberta e bem resolvida, namorava e transava com quem desejasse. Monica era uma verdadeira provocadora. Monica era atriz. Tinha consciência de tudo que era. O prazer sexual equivalia ao prazer da provocação. Monica gostava mesmo era de chegar na beirinha do abismo, ir até as últimas consequências e na hora H ir embora.

No sábado almoçando na sala de casa, Monica comentava com a amiga como estava craque. A última conquista tinha alcançado status de arte.

- MONICA: Saímos do baile e fomos jantar. Depois ele me levou em casa. Fomos pra casa e eu disse que a gente tinha que ficar no corredor. Tava uma delícia, mas quando eu vi que tava ficando presa encanei com a câmera de segurança e fugi. Bati a porta na cara dele e deixei ele com o pau quase na mão.

Carol achava muita graça de tudo, com um cigarro fininho na mão ela ria e discordava com a amiga.

- CAROL: Aaaaah que maldade. Deu o telefone certo pelo menos?

As duas moravam juntas. Tinham hábitos e horários parecidos. A diferença era o movimento nos quartos. Carol era extremamente regular no sexo, morava na suíte da casa. Passava semanas com a mesma pessoa, mas logo enjoava. Quando estava “solteira” o quarto também não ficava vazio. Ao passo que só uns pouco heróis chegavam ao quarto de Monica.
Carol gostava de sexo. No colégio e agora na faculdade exercitava esse prazer. Monica, tinha um hábito secreto. Durante a noite, sempre que o quarto de Carol estava envolvido pela energia sexual, Monica ia até a porta de Carol e, com todo o cuidado, olhava pela fechadura da porta. Todas as noites assistia a amiga e seu amante fazendo sexo.

Carol, depois de 3 meses de estudos de cálculo e uma viagem de faculdade arranjou um namorado, Martinho. Martinho era um bom rapaz. Nascido na Tijuca e torcedor do Flamengo. Estava sendo um verdadeiro guia da cidade. Sempre iam a praia e bebiam mate-com-limão.As duas só entravam no mar junto com ele.
Martinho morava longe da faculdade. Era nascido na tijuca mas morava no Alto da Boa Vista. Com isso passou a ser quase-morador do apê. Se adaptou perfeitamente a rotina e comprava pão toda a manhã. Com isso Carol estava todos os dias “com a pele boa”. Martinho era o caminhão certo para a quantidade de areia que era Carol. Monica, quase não dormia a noite, somente quando transavam no banheiro da suíte. Nesse caso era impossível, e Monica voltava pra sua cama frustrada.Monica pensava em fazer um furo do seu quarto, para assistir com mais conforto as transas.

Dia desses, sairam os três para beber. Martinho era bebedor de uísque. Sempre que a condição financeira permitia, bebia uísque. Nessa noite estava decidido a beber scotch com Monica e Carol. Martinho era bom de lábia e assim que terminou a pizza pediram a primeira rodada.
Voltaram para casa depois do fim da garrafa. O uísque é uma bebida diferente. Voltaram os três com o corpo quente. O tesão foi subindo junto com o elevador. Carol estava pronta, pensava até em assistir pelada dessa vez.
Monica abriu a porta da sala e logo deixou o casal a sós querendo adiantar tudo. Carol e Martinho começaram na sala e depois foram para o conforto do quarto. Monica pé ante pé vai até a porta e olha através da fechadura. Monica se surpreende ao ver a amiga se masturbando e gosta da novidade. Martinho sai do banheiro e começa a beijar a namorada. Monica está ofegante se esfregando na porta. A força é tanto que a porta desaba revelando sua presença.
O casal olha embasbacado a amiga nua só com a maçaneta na mão

- MARTINHO: Monica? Tudo bem?

Martinho olha pra namorada confuso, e volta a olhar a amiga nua na porta.
Carol não se faz de rogada e estimulada pelo uísque abre começa a amarrar lençóis no espaldar. Enquanto isso Martinho levanta-se da cama e carrega Monica até a cama. Carol prende Monica na cama e os dois incluem a amiga na farra sem perguntar nada a ela.
Depois desse dia Monica nunca mais provocou ou fugiu de sexo. Os três estão felizes até hoje, cada uma tem um filho, Martinho tem dois.�

sábado, 20 de fevereiro de 2010

a ponta do infinito

to aqui na ponta do infinito
e peço, com satisfação,
um reforço uma mão.
Pra, então contar a história
desse fim de tudo.
o início dessa carência atual,
vem da busca, nada contratual
de um estado de necessidade
calamitosa.
A vida foi andando
eu tentando vi tudo.
Mas ai, passa aquela gostosa
perdi de vista a vida.
andei e achei
tava perto do fim da prosa.
Vi o azul do céu de lá
era mei fei.
pensei, pensei pensei
quando por acaso encontrei
um show de uns cara véi.
subiro no palco, cantaro, bebero,
choraro.
ali mesmo se drogaro, enlouquecero
e um pouquinho depois morrero.
e com os meu botões pensei:
esse suberam viver.
mais adiante passei
por um monte de mato
a máfia virgem, e os mata diabo
apontando pra lá
a ponta do infinito.
e agora to eu cá
sem o meu grito
e pasmem
sem saber o que é belo e bonito

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

poema com pê

pare e pense,
pesque e page
pise e sinta
pisque e minta
pegue a tinta
pra ver ser pinta